O diagnóstico da síndrome de Ehlers-Danlos é muito importante

A síndrome de Ehlers-Danlos hipermóvel (hEDS) apresenta uma ampla gama de sintomas clínicos e comorbidades que impactam a qualidade de vida, incluindo frouxidão ligamentar, hiperelasticidade da pele, risco de luxação articular, dor crônica, entre outros achados. O diagnóstico é desafiador e frequentemente demora muito tempo devido à heterogeneidade do quadro e à falta de biomarcadores diagnósticos. Outro agravante é que, geralmente, os profissionais de saúde e a população geral têm um entendimento limitado da condição. Este estudo bem recente investigou o impacto do diagnóstico em pacientes com hEDS sob a perspectiva dos próprios pacientes. Os pacientes levaram, em média, 10 anos para receber o diagnóstico de hEDS e quase todos os pacientes (95,2%) consideraram o diagnóstico “importante” ou “muito importante”. Para a grande maioria (81,9%), o diagnóstico ajudou a lidar melhor com a condição, 76,8% conseguiram gerenciar melhor seus sintomas e se sentiram mais no controle de seu cuidado a longo prazo. Com o diagnóstico, os participantes relataram um impacto emocional positivo e uma melhora no cuidado recebido pelos profissionais de saúde. Em suma, o estudo demonstrou que receber o diagnóstico pode impactar positivamente o suporte, a qualidade do cuidado e o bem-estar geral dos pacientes com a síndrome de Ehlers-Danlos hipermóvel.
Link para o estudo: https://doi.org/10.1002/ajmg.a.63613

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.