Desde a descoberta dos primeiros ossos de Neandertal em 1856, surgiram muitas perguntas sobre esses antigos hominídeos. Agora, uma equipe internacional de geneticistas e especialistas em IA encontrou evidências de uma conexão mais íntima entre humanos modernos e Neandertais do que se acreditava. Utilizando genomas de 2.000 humanos modernos, três Neandertais e um Denisovano, a equipe mapeou o fluxo genético entre esses grupos ao longo dos últimos 250.000 anos e identificaram múltiplas ondas de “misturas genéticas”.
Os resultados, publicados na revista Science, contradizem dados anteriores que sugeriam uma longa estagnação dos humanos modernos na África. Em vez disso, os cientistas mostram que os humanos modernos migraram para fora da África e voltaram várias vezes, encontrando Neandertais e Denisovanos com frequência. A análise revelou que os Neandertais tinham uma população menor do que se pensava, com cerca de 2.400 indivíduos reprodutivos. A pesquisa sugere, ainda, que os Neandertais foram gradualmente absorvidos pelas populações humanas modernas, em vez de simplesmente se extinguirem. Essa visão é consistente com o modelo de assimilação proposto em 1989, que agora é apoiado por fortes dados genéticos.
Link para o estudo: https://www.science.org/doi/10.1126/science.adi1768
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