Nova terapia para a síndrome de Angelman

A síndrome de Angelman é uma rara doença genética causada por silenciamento (quer seja alteração de metilação, deleção ou alteração da sequência molecular) da cópia materna do gene UBE3A, caracterizada por dificuldades motoras, fala limitada, epilepsia e deficiências intelectuais. Embora não haja cura, uma nova pesquisa identificou uma pequena molécula que pode “ativar” a cópia paterna do gene UBE3A, que normalmente é inativa no cérebro, potencialmente restaurando a função celular e proporcionando uma forma de terapia genética para a síndrome.

Este composto mostrou-se promissor em modelos animais e em células humanas derivadas de pacientes com síndrome de Angelman, demonstrando excelente biodisponibilidade no cérebro em desenvolvimento. Embora ainda seja necessário aperfeiçoar o composto para garantir sua segurança e eficácia em futuros ensaios clínicos, esta descoberta representa um marco significativo na busca por um tratamento para a síndrome de Angelman. Os pesquisadores continuam a trabalhar em colaboração com especialistas em química medicinal para desenvolver uma versão ainda melhor deste composto, com o objetivo de levá-lo à clínica no futuro.

Link para a pesquisa: https://www.nature.com/articles/s41467-024-49788-8

Conteúdo por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.