Mudança climática já promove impactos à saúde

Em 2023, mais de 47.000 pessoas morreram na Europa devido a altas temperaturas, de acordo com um estudo publicado na Nature Medicine. Esse foi o ano mais quente já registrado globalmente e o segundo mais quente na Europa. O estudo revela que, embora a vulnerabilidade ao calor tenha diminuído ao longo do século, sem esses processos de adaptação social, a mortalidade relacionada ao calor teria sido 80% maior.

O estudo usou dados de temperatura e mortalidade de 823 regiões em 35 países europeus para estimar as mortes relacionadas ao calor em 2023. Ao contrário do verão de 2022, que teve temperaturas extremas persistentes, 2023 registrou dois episódios de calor intenso em julho e agosto, responsáveis por 57% das mortes. Países do sul da Europa, como Grécia e Itália, foram os mais afetados. Mulheres e pessoas com mais de 80 anos mostraram-se particularmente vulneráveis, com taxas de mortalidade 55% e 768% mais altas, respectivamente, do que em outros grupos. Apesar das adaptações sociais ao calor, os pesquisadores alertam que a mortalidade poderia ter sido subestimada devido à falta de dados diários homogêneos, estimando que as mortes podem ter chegado a 58.000.

Além disso, o estudo destaca a necessidade urgente de implementar estratégias de adaptação ao calor, combinadas com esforços de mitigação para evitar ultrapassar limites críticos de temperatura, especialmente com a previsão de que o limite de 1,5°C do Acordo de Paris seja excedido antes de 2027.

Link para o estudo: http://dx.doi.org/10.1038/s41591-024-03186-1

Conteúdo por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.