Videogames podem ajudar na saúde mental

Um estudo pioneiro, publicado na Nature Human Behaviour, investigou a relação causal entre videogames e o bem-estar mental, utilizando dados da vida real. A análise de 97.602 respostas de residentes japoneses durante o período da COVID-19 revelou que possuir consoles de videogame, como Nintendo Switch e PlayStation 5, melhorou significativamente o bem-estar mental. A pesquisa mostrou que o Nintendo Switch trouxe melhorias de 0,60 desvios-padrão na saúde mental, enquanto o PlayStation 5 resultou em uma melhoria de 0,12 desvios-padrão. Além disso, a posse de um PlayStation 5 aumentou a satisfação com a vida em 0,23 desvios-padrão.

Os resultados desafiam estereótipos comuns sobre os jogos serem prejudiciais, demonstrando que eles podem melhorar a saúde mental e a satisfação com a vida. A pesquisa destaca a necessidade de abordagens mais detalhadas ao estudar os efeitos da mídia digital na saúde, considerando diferentes plataformas e estilos de jogo. Sugere, ainda, a importância de investigações futuras em contextos diversos para verificar esses resultados e orientar políticas públicas mais eficazes.

Um outro estudo observou que Dungeons and Dragons, um jogo popular mundialmente, pode ser particularmente benéfico para pessoas com transtorno do espectro autista, proporcionando um espaço seguro para interações sociais longe dos desafios cotidianos. Os participantes, após familiarização com o jogo, participaram de sessões guiadas por um mestre de jogos durante seis semanas. Entrevistas subsequentes revelaram que os participantes sentiam que o jogo lhes proporcionava um ambiente acolhedor, permitindo-lhes relaxar, sentir-se incluídos e contribuir melhor para as interações em grupo. Os participantes relataram que o jogo os ajudou a adotar características de seus personagens na vida real, mudando sua percepção de si mesmos.

Links para os estudos:
http://dx.doi.org/10.1038/s41562-024-01948-y
http://dx.doi.org/10.1177/13623613241275260

Conteúdo por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.