Os “químicos eternos” são neurotóxicos e estão se acumulando nas nossas fontes de água

As substâncias per e polifluoroalquil (PFAS), conhecidas como “químicos eternos,” são poluentes ambientais persistentes que não se degradam naturalmente e podem causar sérios problemas de saúde, como danos ao fígado, câncer e desequilíbrios hormonais. Um estudo usou modelos de peixe paulistinha para investigar os efeitos neurotóxicos dos PFAS. Os pesquisadores identificaram a ativação anormal de um grupo de genes e demonstraram que essas alterações genéticas resultavam em anomalias comportamentais nos peixes. Esses achados sugerem que a exposição aos PFAS durante períodos críticos de desenvolvimento cerebral pode causar efeitos neurocomportamentais duradouros. A pesquisa oferece informações valiosas sobre como esses produtos químicos podem afetar os seres humanos e abre caminho para futuras avaliações toxicológicas.

Paralelamente, outro estudo examinou a contaminação por PFAS em águas subterrâneas, com foco no trifluoroacetato (TFA), um subproduto persistente da degradação de gases fluorados e pesticidas. Pesquisadores na Dinamarca identificaram um aumento constante nos níveis de TFA nas águas subterrâneas desde a década de 1960, com amostras recentes excedendo os limites regulatórios para PFAS. A contaminação provavelmente resulta da deposição atmosférica e do uso local de pesticidas.

Simultaneamente, pesquisadores do MIT desenvolveram um novo material de filtração feito de nanofibrilas de seda e celulose, capaz de remover PFAS e metais pesados da água. Esse material, além de ser ecológico e antimicrobiano, oferece uma solução promissora para a contaminação da água e pode ser ampliado para uso em abastecimentos municipais, ajudando a enfrentar o desafio global da poluição por PFAS.

Links para as pesquisas:
http://dx.doi.org/10.1289/EHP13667
http://dx.doi.org/10.1021/acs.estlett.4c00525
http://dx.doi.org/10.1021/acsnano.4c07409

Conteúdo por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.