Terapia gênica promissora para duas novas doenças raras abre caminho para ensaios clínicos

Pesquisadores testaram uma terapia genética experimental para tratar a deficiência de múltiplas sulfatases (MSD), uma doença grave que afeta cérebro, pulmões, pele e esqueleto, sem tratamento aprovado até o momento. Usando células derivadas de pacientes e um modelo animal, a terapia mostrou melhorar a expressão proteica e a função celular, revertendo os danos causados pela doença genética. A abordagem envolve o uso de células-tronco hematopoéticas modificadas com um vetor lentiviral para introduzir uma cópia funcional do gene SUMF1, cujas alterações causam a MSD. Os resultados promissores abrem caminho para ensaios clínicos futuros e trazem esperança para o desenvolvimento de novas terapias para doenças genéticas relacionadas.

A distrofia de Bothnia, uma forma hereditária de cegueira frequente na Suécia, também pode ter seu tratamento viabilizado por meio de terapia gênica. A doença, que leva à destruição progressiva das células visuais da retina, é causada por alteração genética que danifica uma proteína ocular. Em um estudo envolvendo 12 pacientes, pesquisadores injetaram um vetor viral contendo uma versão funcional do gene RLBP1 sob a retina, o que resultou em melhora significativa da visão noturna em 11 participantes. A terapia, que não apresentou efeitos colaterais graves, oferece esperança para o tratamento de cegueira hereditária em um futuro próximo.

Links para os estudos:
http://dx.doi.org/10.1016/j.ymthe.2024.08.015
http://dx.doi.org/10.1038/s41467-024-51575-4

Conteúdo por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.