Câncer afeta todo o Reino Animal, mas animais grandes são mais resistentes

O câncer, apesar de ser amplamente estudado, ainda guarda mistérios. Uma dessas incógnitas é o Paradoxo de Peto, que observa que animais grandes, apesar de terem um número maior de células e maior chance estatística de desenvolver mutações genéticas somáticas, apresentam menos casos de câncer do que o esperado. Pesquisadores conduziram um estudo que analisou a prevalência de câncer em 292 espécies de vertebrados, incluindo anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Esse levantamento, o maior do tipo, revelou que animais como o boto e o pinguim-de-pés-negros têm baixa ocorrência de câncer, enquanto outros, como os furões e os gambás, apresentam maior incidência.

A pesquisa aponta que o câncer é uma questão inerente aos organismos multicelulares. Em animais maiores com longos períodos de gestação, como os elefantes, há mecanismos genéticos evoluídos que suprimem tumores – os elefantes apresentam 20 cópias do gene TP53, por exemplo. O estudo oferece novas possibilidades para a pesquisa do câncer, indo além dos modelos tradicionais em roedores, e é uma oportunidade para entender melhor as variações e defesas biológicas entre diferentes animais.

Link para o estudo: http://dx.doi.org/10.1158/2159-8290.CD-24-0573

Conteúdo por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.