Uma nova pesquisa revelou que, em diversas espécies animais, as fêmeas dormem menos, despertam mais frequentemente e têm sono menos reparador do que machos. Os resultados sugerem que fatores biológicos podem desempenhar um papel maior nas diferenças de sono entre os sexos do que se pensava anteriormente. Essa característica feminina pode ter evoluído para facilitar o cuidado com os filhotes, garantindo a sobrevivência da espécie.
Em camundongos, as fêmeas dormiram cerca de uma hora a menos que machos e apresentaram menor duração de sono NREM (não REM), o tipo mais reparador. O sono das fêmeas foi mais fragmentado, com episódios mais curtos de sono. O cortisol e os hormônios sexuais podem influenciar essas diferenças. No ser humano, as mulheres relatam pior qualidade de sono em períodos de baixos níveis de estrogênio e progesterona durante o ciclo menstrual. O estudo destaca também a importância de considerar o sexo como uma variável biológica em pesquisas sobre sono e tratamentos, ressaltando como a falta de representatividade feminina em estudos pode levar a erros na interpretação de dados e atrasar avanços médicos.
Link para a pesquisa: http://dx.doi.org/10.1038/s41598-024-70996-1
Conteúdo por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130
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