Um importante estudo publicado na JAMA Neurology revelou que crianças cujas mães tomaram medicamentos anticonvulsivantes modernos durante a gravidez não apresentaram piores resultados neurocognitivos aos 6 anos de idade. A pesquisa avaliou 387 crianças, das quais 298 eram filhas de mulheres com epilepsia, e não encontrou diferenças significativas nas habilidades linguísticas entre os dois grupos. A maioria das mães utilizou lamotrigina, levetiracetam ou uma combinação de ambos.
Apesar de estudos anteriores apontarem potenciais efeitos adversos em doses elevadas de levetiracetam em idades mais precoces, o resultado geral deste estudo foi positivo para todas as idades. Ademais, nenhum efeito negativo foi identificado relacionado ao uso de anticonvulsivantes durante a amamentação. Ainda, a suplementação de folato durante as primeiras 12 semanas de gravidez foi associada a melhores resultados cognitivos e comportamentais, inclusive em doses superiores a 4 mg/dia. Esses níveis elevados, ao contrário de estudos anteriores, não mostraram efeitos adversos a longo prazo.
Os pesquisadores recomendam mais estudos para avaliar os riscos de medicamentos anticonvulsivantes menos comuns e drogas mais recentes no mercado, além de explorar potenciais implicações de altas doses de ácido fólico.
Link para o estudo: http://dx.doi.org/10.1001/jamaneurol.2024.3982
Conteúdo por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130
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