Pesquisadores identificaram que manter o nucléolo pequeno pode retardar o envelhecimento celular. O estudo utilizou leveduras como modelo experimental e revelou que o tamanho do nucléolo é um “temporizador de mortalidade” e prevê quanto tempo resta para uma célula morrer. A descoberta pode abrir caminho para novas terapias que prolonguem a vida humana ao prevenir os danos moleculares que levam ao envelhecimento.
O nucléolo é uma estrutura condensada dentro do núcleo celular e abriga o DNA ribossomal (rDNA), que contêm o código para a produção de RNA ribossomal e é uma das partes mais frágeis do genoma. Durante o envelhecimento, o nucléolo tende a se expandir, enquanto estratégias antienvelhecimento, como restrição calórica, o mantêm pequeno. Nucléolos grandes apresentam rDNA menos estável e permitem a entrada de proteínas e moléculas que podem causar instabilidade genômica, resultando em danos irreparáveis ao DNA.
Os pesquisadores desenvolveram um sistema artificial para ancorar o rDNA na membrana nuclear, mantendo o nucléolo compacto. Essa intervenção atrasou o envelhecimento de forma semelhante à restrição calórica, isolando o tamanho do nucléolo de outros fatores antienvelhecimento. Os resultados sugerem que o controle do tamanho do nucléolo pode ser uma estratégia promissora para terapias antienvelhecimento. Os pesquisadores planejam agora investigar esses efeitos em células-tronco humanas. Estender a vida útil das células-tronco poderia ter implicações significativas na regeneração de tecidos e no combate ao envelhecimento.
Link para a pesquisa: http://dx.doi.org/10.1038/s43587-024-00754-5
Conteúdo por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130
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