A chave para a juventude das células pode estar no nucléolo

Pesquisadores identificaram que manter o nucléolo pequeno pode retardar o envelhecimento celular. O estudo utilizou leveduras como modelo experimental e revelou que o tamanho do nucléolo é um “temporizador de mortalidade” e prevê quanto tempo resta para uma célula morrer. A descoberta pode abrir caminho para novas terapias que prolonguem a vida humana ao prevenir os danos moleculares que levam ao envelhecimento.

O nucléolo é uma estrutura condensada dentro do núcleo celular e abriga o DNA ribossomal (rDNA), que contêm o código para a produção de RNA ribossomal e é uma das partes mais frágeis do genoma. Durante o envelhecimento, o nucléolo tende a se expandir, enquanto estratégias antienvelhecimento, como restrição calórica, o mantêm pequeno. Nucléolos grandes apresentam rDNA menos estável e permitem a entrada de proteínas e moléculas que podem causar instabilidade genômica, resultando em danos irreparáveis ao DNA.

Os pesquisadores desenvolveram um sistema artificial para ancorar o rDNA na membrana nuclear, mantendo o nucléolo compacto. Essa intervenção atrasou o envelhecimento de forma semelhante à restrição calórica, isolando o tamanho do nucléolo de outros fatores antienvelhecimento. Os resultados sugerem que o controle do tamanho do nucléolo pode ser uma estratégia promissora para terapias antienvelhecimento. Os pesquisadores planejam agora investigar esses efeitos em células-tronco humanas. Estender a vida útil das células-tronco poderia ter implicações significativas na regeneração de tecidos e no combate ao envelhecimento.

Link para a pesquisa: http://dx.doi.org/10.1038/s43587-024-00754-5

Conteúdo por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.