Pesquisadores revelaram um mecanismo inédito para a formação de memórias de longo prazo no cérebro, desafiando a teoria predominante de que memórias de longo prazo dependem de memórias de curto prazo. O estudo, publicado recentemente, demonstra que a formação de memórias de longo prazo pode ocorrer por um caminho alternativo, independentemente das memórias de curto prazo. Essa descoberta pode revolucionar o entendimento de condições relacionadas à memória, como Alzheimer e outras disfunções cognitivas. Usando uma abordagem optogenética, os cientistas bloquearam temporariamente a enzima CaMKII, essencial para a formação de memórias de curto prazo, em um modelo de camundongo; mesmo sem formar memórias de curto prazo, os camundongos mostraram evidências de memórias de longo prazo semanas após os experimentos. Este achado sugere a existência de uma via paralela e independente para a formação de memórias de longo prazo.
Em outro estudo, cientistas identificaram pela primeira vez evidências celulares de que a neurogênese em adultos — a produção de novos neurônios no cérebro — está diretamente ligada à aprendizagem verbal e à memória. Essas descobertas podem levar a novas abordagens terapêuticas para restaurar a função cognitiva em pacientes com epilepsia, Alzheimer, demência e envelhecimento cerebral. Pacientes com epilepsia do lobo temporal mesial (MTLE) foram estudados e observou-se evidência celular de como a neurogênese contribui para a cognição humana, particularmente na aprendizagem verbal e memória. Os cientistas planejam investigar intervenções terapêuticas que estimulem a neurogênese para aprimorar as funções cognitivas.
Link para os estudos:
http://dx.doi.org/10.1038/s41593-024-01831-z
http://dx.doi.org/10.1016/j.stem.2024.11.002
Conteúdo por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130
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