Sono profundo e exercício físico fortalecem a memória

Durante o sono profundo, ondas elétricas lentas no cérebro tornam a região do neocórtex – onde memórias de longo prazo são armazenadas – mais receptiva a informações. Um estudo recente publicado na Nature Communications esclarece esse processo: essas ondas elétricas sincronizadas fortalecem as conexões entre os neurônios, aumentando a eficiência das sinapses exatamente no momento em que o cérebro reproduz memórias. Essa sincronização perfeita é essencial para transferir informações da memória de curto prazo, no hipocampo, para a memória de longo prazo. Essas descobertas abrem caminho para tratamentos inovadores que estimulam o cérebro durante o sono profundo, como impulsos elétricos sutis ou sinais acústicos. Melhorar a precisão dessas abordagens pode beneficiar pessoas com comprometimento cognitivo leve, potencialmente aprimorando a retenção de memória.

Praticar atividades físicas moderadas a intensas pode melhorar a memória não apenas no mesmo dia, mas também no seguinte, revela um estudo da University College London. Ao analisar adultos de 50 a 83 anos, os pesquisadores observaram que menos tempo sedentário e seis ou mais horas de sono profundo contribuíram para melhores resultados em testes de memória. Esses benefícios podem estar ligados ao aumento do fluxo sanguíneo no cérebro e à liberação de neurotransmissores após o exercício. Embora os efeitos imediatos do exercício no cérebro já fossem conhecidos, a pesquisa sugere que os impactos positivos podem durar mais tempo do que o imaginado, especialmente com boa qualidade de sono. Brincar, dançar, ou subir escadas já conta como exercício! A memória agradece, e a ciência aprova.

Link para os estudos:
http://dx.doi.org/10.1038/s41467-024-53901-2
http://dx.doi.org/10.1016/j.jfma.2023.08.001

Conteúdo por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.