Novos avanços no diagnóstico e tratamento do Alzheimer

Pesquisas recentes trazem avanços promissores para o diagnóstico e tratamento da doença de Alzheimer. Cientistas da Universidade de Pittsburgh desenvolveram um teste inovador que detecta formas patológicas da proteína tau anos antes de aparecerem em exames de imagem, possibilitando um diagnóstico precoce e intervenções mais eficazes. Já pesquisadores da Universidade de Bonn demonstraram que inibir a inflamação cerebral, por meio da modulação do complexo molecular NLRP3, pode não apenas reduzir o dano neuronal, mas também melhorar a eliminação das placas de beta-amiloide pelo sistema imune do cérebro. Essas descobertas reforçam que identificar e agir nos mecanismos precoces da doença pode ser a chave para tratamentos mais efetivos.

Além disso, um estudo do Centre for Addiction and Mental Health apresentou um novo medicamento experimental, o GL-II-73, que mostrou capacidade de restaurar a memória e reverter danos cerebrais em modelos animais. Ao contrário dos tratamentos tradicionais que focam na remoção de beta-amiloide, este composto atua seletivamente nos receptores GABA do hipocampo, ajudando a reestabelecer conexões neurais essenciais para a cognição. Com aprovação para testes clínicos nos EUA, a terapia pode representar uma abordagem inovadora para retardar ou até reverter os danos cognitivos associados ao Alzheimer. Esses avanços reforçam o potencial da ciência em transformar o cenário da neurodegeneração e trazer esperança para milhões de pessoas.

Link para as pesquisas:
http://dx.doi.org/10.1038/s41591-024-03400-0
http://dx.doi.org/10.1016/j.immuni.2025.01.007
http://dx.doi.org/10.1016/j.neurobiolaging.2024.12.001

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.