Ter filhos pode deixar seu cérebro mais jovem

Um estudo com quase 37.000 adultos, conduzido por pesquisadores da Universidade de Yale, revelou que pais e mães apresentam padrões cerebrais que contrastam com o envelhecimento típico, sugerindo que a parentalidade pode proteger o cérebro. O efeito se intensificou conforme o número de filhos aumentava, sendo observado tanto em mães quanto em pais, o que sugere que os benefícios vêm da experiência de criar filhos e não apenas de alterações biológicas ligadas à gravidez.

A pesquisa analisou conexões cerebrais a partir de dados do UK Biobank, um grande banco de dados biomédico. Os cientistas identificaram maior conectividade em áreas do cérebro relacionadas ao movimento e à sensação, regiões que normalmente mostram declínio com o avanço da idade.

Os resultados desafiam a visão de que ter filhos apenas gera estresse e desgaste, sugerindo que a parentalidade pode enriquecer o ambiente cognitivo e social dos pais, impulsionando sua saúde cerebral. Além do aumento da conectividade neural, os pais analisados também relataram maiores níveis de conexão social, com interações familiares mais frequentes e redes sociais mais amplas. Embora os achados sejam promissores, os pesquisadores alertam que mais estudos são necessários para compreender como a parentalidade impacta o cérebro. Além disso, os efeitos podem ser explorados para promover a saúde cerebral mesmo em pessoas sem filhos, através de interações sociais e suporte comunitário.

Link para o estudo: http://dx.doi.org/10.1073/pnas.2411245122

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.