Neurotecnologia e Reabilitação: Avanços Transformadores na Recuperação de Lesões Medulares e Paralisia

Duas inovações recentes trazem novas perspectivas para a reabilitação de pessoas com lesões na medula espinhal e paralisia. A equipe do .NeuroRestore desenvolveu um sistema que combina estimulação elétrica da medula espinhal com robótica de reabilitação, promovendo movimentos musculares mais naturais e coordenados durante a fisioterapia. A tecnologia integra um neuroestimulador epidural totalmente implantado com sensores e dispositivos robóticos como esteiras, bicicletas estacionárias e exoesqueletos, permitindo sincronização em tempo real entre estímulo e movimento.

Em estudo com cinco pessoas com lesão medular, o sistema não só ativou músculos durante a terapia assistida, mas também melhorou movimentos voluntários mesmo após o desligamento do estímulo. Os resultados reforçam o potencial da integração entre neuropróteses e robôs para ampliar os benefícios da reabilitação, inclusive fora do ambiente clínico, como ao caminhar com andador ou pedalar ao ar livre.
Paralelamente, pesquisadores da Universidade da Califórnia demonstraram que uma interface cérebro-computador (BCI) baseada em inteligência artificial permitiu a um homem paralisado controlar um braço robótico apenas com pensamentos, durante sete meses consecutivos — um recorde para esse tipo de tecnologia. A interface captava sinais cerebrais gerados quando o participante imaginava movimentos, permitindo que ele manipulasse objetos com precisão após treino em ambiente virtual.

Ambas as abordagens representam avanços significativos na integração entre biotecnologia, IA e reabilitação funcional, superando as limitações da robótica passiva ou da estimulação isolada. Embora ainda em fase experimental, os resultados indicam caminhos promissores para restaurar mobilidade e independência em pessoas com lesões neurológicas graves.

Links para os estudos:
http://dx.doi.org/10.1126/scirobotics.adn5564
http://dx.doi.org/10.1016/j.cell.2025.02.001

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.