Força muscular pode reduzir risco de diabetes tipo 2, independentemente da genética

Um estudo revelou que pessoas com maior força muscular apresentam um risco mais de 40% menor de desenvolver diabetes tipo 2 (DM2), mesmo entre aquelas com predisposição genética elevada para a doença. A pesquisa analisou dados de mais de 141 mil indivíduos sem diabetes no início do estudo, usando medidas de força de preensão manual como marcador de força muscular. Os participantes foram acompanhados por mais de sete anos, período em que 4.743 novos casos de DM2 foram identificados. Os resultados indicaram que uma maior força muscular se associa a um risco significativamente menor de desenvolver a doença, independentemente do risco genético ou de outros fatores.

Além disso, o estudo demonstrou que pessoas com alto risco genético, mas com boa força muscular, podem ter um risco absoluto de desenvolver diabetes menor do que aquelas com risco genético baixo, porém com pouca força muscular. Essa é a primeira vez que uma associação prospectiva entre força muscular, predisposição genética e risco de DM2 é documentada, reforçando o papel protetor do fortalecimento muscular na saúde metabólica. Os autores destacam que os achados apoiam as diretrizes de saúde pública, que recomendam atividades de fortalecimento muscular pelo menos duas vezes por semana como medida preventiva, e sugerem que mais pesquisas em diferentes populações étnicas sejam conduzidas para validar os resultados.

Link para o estudo: http://dx.doi.org/10.1186/s12916-024-03819-9

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.