Traumas e adversidades na infância afetam a conectividade cerebral e o desempenho cognitivo

Pesquisadores de Harvard descobriram que exposições e experiências difíceis na infância estão associadas a uma menor qualidade e quantidade das conexões de substância branca no cérebro adolescente, comprometendo a comunicação entre regiões cerebrais essenciais para funções cognitivas. O estudo analisou dados de mais de 9 mil crianças de aproximadamente 9 anos. A análise revelou que adversidades como pobreza, riscos durante a gestação e traumas interpessoais estavam ligadas a uma conectividade reduzida, especialmente em áreas relacionadas à linguagem e ao raciocínio matemático.

Por outro lado, fatores de resiliência social, como pais afetuosos e vizinhanças coesas, mostraram ter um efeito protetor sobre a integridade da substância branca. Os pesquisadores usaram neuroimagem para avaliar a integridade e a força das conexões cerebrais, demonstrando que a conectividade neural pode mediar a relação entre adversidades precoces e habilidades cognitivas reduzidas. Embora o estudo seja observacional e tenha limitações como imagens cerebrais obtidas apenas em um único momento, ele reforça a importância de ambientes saudáveis e estáveis durante a infância para o desenvolvimento neurocognitivo ideal.

Link para o estudo: http://dx.doi.org/10.1073/pnas.2409985122

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.