Mortalidade por câncer de mama em mulheres jovens cai significativamente

Uma nova análise apresentada no congresso da AACR 2025 revela uma queda expressiva nas taxas de mortalidade por câncer de mama entre mulheres de 20 a 49 anos nos Estados Unidos entre 2010 e 2020, abrangendo todos os subtipos tumorais e grupos raciais/étnicos. O estudo mostrou reduções marcantes a partir de 2016, atribuídas à adoção mais ampla da medicina de precisão, terapias endócrinas otimizadas e uso crescente de inibidores de CDK4/6 para tumores luminais. Subtipos como luminal A e triplo-negativo apresentaram os maiores declínios anuais, com reduções superiores a 30% em determinados anos. Apesar disso, disparidades raciais persistem: mulheres negras não hispânicas continuaram a apresentar as maiores taxas de mortalidade e os piores índices de sobrevida relativa em 10 anos.

Entre os achados mais inesperados, observou-se que, entre mulheres de 20 a 39 anos, o subtipo luminal A — geralmente associado a melhor prognóstico — apresentou sobrevida inferior à do subtipo luminal B, sugerindo uma possível heterogeneidade biológica mais agressiva nesse grupo etário. Os autores destacam que os avanços são notáveis, mas ainda há oportunidades importantes de melhoria, especialmente no combate às desigualdades raciais no acesso ao diagnóstico precoce e tratamento. O estudo reforça a necessidade de pesquisa contínua sobre biologia tumoral em mulheres jovens, bem como o incentivo à triagem populacional para mulheres entre 40 e 49 anos e rastreamento direcionado para mulheres mais jovens em grupos de risco elevado.

Link para o estudo: https://www.aacr.org/about-the-aacr/newsroom/news-releases/breast-cancer-mortality-in-women-ages-20-49-significantly-dropped-between-2010-and-2020/

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.