Edição genética mostra segurança e potencial terapêutico em câncer gastrointestinal avançado

Pesquisadores da Universidade de Minnesota concluíram o primeiro ensaio clínico em humanos utilizando a técnica de edição genética CRISPR/Cas9 para fortalecer o sistema imune no combate a cânceres gastrointestinais avançados. Publicado na Lancet Oncology, o estudo testou a desativação do gene CISH em linfócitos infiltrantes de tumor (TILs), células imunes extraídas do próprio paciente. A modificação aumentou a capacidade dos TILs de reconhecer e atacar células tumorais, oferecendo uma nova estratégia para tratar doenças metastáticas em estágio terminal, como o câncer colorretal em estágio IV, tradicionalmente incurável.

Em 22 pacientes com doença avançada, a abordagem demonstrou segurança, sem efeitos colaterais graves, e mostrou sinais de eficácia: o crescimento tumoral foi interrompido em alguns casos e, em um paciente, observou-se resposta completa, com desaparecimento total dos tumores por mais de dois anos. O método oferece uma vantagem importante em relação a terapias convencionais, pois a alteração genética é permanente e não requer doses contínuas. A equipe conseguiu expandir mais de 10 bilhões de TILs geneticamente modificados em condições clínicas, um feito inédito. Embora promissora, a terapia ainda enfrenta desafios de custo e complexidade e novas pesquisas buscam entender os fatores por trás do sucesso terapêutico observado para aprimorar os resultados em ensaios futuros.

Link para o estudo: http://dx.doi.org/10.1016/S1470-2045(25)00083-X

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.