Consumo de ultraprocessados está associado a mortes prematuras em oito países

Uma análise internacional liderada por pesquisadores da Fiocruz estimou que o consumo elevado de alimentos ultraprocessados (AUPs) está relacionado a um número significativo de mortes prematuras evitáveis. O estudo combinou dados de consumo alimentar e mortalidade em oito países (Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, México, Reino Unido e Estados Unidos), revelando que a cada aumento de 10% na proporção de calorias provenientes de AUPs na dieta, há um aumento de 3% no risco de morte por todas as causas. Nos EUA, por exemplo, o modelo indicou que cerca de 124 mil mortes prematuras em 2018 foram atribuíveis à ingestão desses produtos.

Alimentos ultraprocessados são formulações industriais prontas para consumo ou aquecimento, contendo poucos ou nenhum alimento in natura, sendo compostos por ingredientes refinados, aditivos artificiais e substâncias sintéticas. A pesquisa demonstrou que esses produtos impactam a saúde de forma sistêmica, estando associados a pelo menos 32 doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, depressão e certos tipos de câncer. A carga de mortalidade atribuível foi significativa em todos os países analisados, reforçando a urgência de políticas públicas globais que desencorajem o consumo de AUPs e promovam padrões alimentares tradicionais baseados em alimentos frescos e minimamente processados.

Link para o estudo: http://dx.doi.org/10.1016/j.amepre.2025.02.018

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.