Envelhecimento saudável: a importância de dieta, genética e estilo de vida

Pesquisas recentes destacam a importância da dieta rica em flavonoides e dos fatores sociais e genéticos no envelhecimento saudável. Um estudo com participação de Harvard demonstrou que o consumo elevado de alimentos ricos em flavonoides, como chá preto, frutas cítricas e frutas vermelhos, está associado a um risco reduzido de fragilidade, perda de função física e problemas de saúde mental. Mulheres com maior ingestão desses alimentos apresentaram uma redução de até 15% no risco de fragilidade e 12% na probabilidade de saúde mental prejudicada, enquanto nos homens a principal associação foi com menor risco de saúde mental comprometida. Esses compostos ajudam a reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, fortalecendo vasos sanguíneos e preservando a massa muscular, promovendo um envelhecimento mais saudável e prolongando a qualidade de vida.

Outro estudo, realizado no âmbito da Iniciativa Cilento sobre Resultados de Envelhecimento (CIAO), observou características de longevidade em habitantes da região de Cilento, na Itália, famosa por seus numerosos centenários. Os cientistas investigam fatores biológicos, sociais e de estilo de vida que contribuem para a longevidade, como a dieta mediterrânea, resiliência psicológica e forte conexão social. Os resultados preliminares mostram que os habitantes mais velhos, embora apresentem saúde física inferior, mantêm elevado bem-estar mental e um forte vínculo com a comunidade e a família, elementos fundamentais para a longevidade. Além disso, os estudos indicam que fatores genéticos e dietéticos, como a adesão à dieta mediterrânea, desempenham um papel crucial na manutenção da saúde cardiovascular e cognitiva, reforçando a ideia de que hábitos alimentares e sociais positivos são determinantes para um envelhecimento saudável.

Links para os estudos:
http://dx.doi.org/10.1016/j.ajcnut.2025.02.010
https://sbpdiscovery.org/press/ciao-study-a-long-and-ongoing-look-at-the-secrets-of-human-longevity-and-healthy-aging/

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.