Um novo estudo revela que mamíferos com cérebros maiores e sistemas imunológicos mais robustos tendem a viver mais, o que pode explicar por que gatos geralmente têm uma expectativa de vida maior do que cães. Analisando o potencial máximo de longevidade (MLSP) de 46 espécies de mamíferos, os pesquisadores identificaram que espécies mais longevas possuem maior número de genes relacionados ao sistema imune. Isso sugere que, além de vantagens comportamentais, o cérebro maior está associado a um genoma mais equipado para combater infecções, eliminar células danificadas e prevenir tumores.
Curiosamente, espécies como ratos-toupeira e morcegos, que possuem cérebros pequenos, também apresentaram longevidade superior ao esperado, graças à abundância de genes imunológicos. O estudo indica que não são apenas pequenas mutações genéticas que influenciam a longevidade, mas também grandes alterações genômicas, como duplicações e expansões de famílias inteiras de genes. Essa conexão entre tamanho cerebral, imunidade e vida longa sugere que a evolução favoreceu paralelamente a complexidade neural e a resiliência imunológica em mamíferos mais longevos. Os pesquisadores pretendem agora investigar os genes relacionados ao câncer encontrados na análise para entender melhor as bases genéticas da longevidade.
Link para o estudo: http://dx.doi.org/10.1038/s41598-025-98786-3
Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130
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