Modelo de IA prevê risco de depressão pós-parto com base em dados clínicos simples

Pesquisadores de Harvard desenvolveram um modelo de aprendizado de máquina capaz de prever o risco de depressão pós-parto utilizando apenas dados clínicos e demográficos disponíveis no prontuário eletrônico no momento do parto. A depressão pós-parto afeta até 15% das pessoas após o nascimento de um filho e costuma ser identificada tardiamente, apenas em consultas de acompanhamento entre 6 e 8 semanas após o parto. Com base em informações de mais de 29 mil pacientes que deram à luz entre 2017 e 2022, o modelo mostrou-se eficaz em excluir DPP em 90% dos casos e previu com boa precisão os pacientes com maior risco: quase 30% daqueles identificados como alto risco desenvolveram o transtorno nos seis meses seguintes ao parto.

O modelo, testado em hospitais acadêmicos e comunitários, foi especialmente promissor por funcionar bem independentemente de raça, etnia e idade, e mesmo em pacientes sem histórico psiquiátrico prévio. A inclusão da Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo, usada durante o pré-natal, melhorou ainda mais sua precisão preditiva. Atualmente, os pesquisadores estão avaliando o desempenho do modelo em cenários reais e discutem com pacientes e profissionais de saúde as melhores formas de incorporar essa ferramenta à prática clínica. A expectativa é que a identificação precoce do risco possibilite intervenções antecipadas e melhore os desfechos de saúde mental materna.

Link para o estudo: http://dx.doi.org/10.1176/appi.ajp.20240381

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.