Será que a IA está nos fazendo bem? Estudo sugere que sim (por enquanto…)

Será que a IA está nos fazendo bem? Estudo sugere que sim (por enquanto…)

À medida que a inteligência artificial (IA) se infiltra em mais setores do mercado de trabalho, cresce também o receio de que ela prejudique os trabalhadores. No entanto, um novo estudo publicado na Nature Scientific Reports traz um alívio inesperado: até agora, a exposição à IA não tem gerado impactos negativos generalizados sobre a saúde mental ou a satisfação no trabalho. Na verdade, os dados revelam uma leve melhora na saúde dos trabalhadores, especialmente entre aqueles com menor escolaridade. O motivo? Menor esforço físico e menos risco em ocupações que passaram a adotar IA para tarefas pesadas ou repetitivas.

Mas os próprios autores alertam: é cedo demais para comemorar. A pesquisa usou dados de duas décadas do Painel Socioeconômico Alemão e focou nos primeiros estágios da difusão da IA na Alemanha, que é um país com forte proteção trabalhista. Além disso, quando os próprios trabalhadores relatam sua exposição à IA, as percepções são um pouco menos otimistas, com ligeira queda na satisfação com a vida e com o trabalho. Isso mostra que os efeitos subjetivos merecem atenção. Como apontam os pesquisadores, o verdadeiro impacto da IA só será compreendido com o tempo, à medida que ela se expandir para mais setores e transforme a natureza do trabalho de forma mais profunda.

Link para o estudo: http://dx.doi.org/10.1038/s41598-025-98241-3

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD
Médico Geneticista – CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.