Batata frita e risco de diabetes tipo 2 — evidência do BMJ

Batata frita 3x por semana pode aumentar em 20% o risco de diabetes tipo 2

Estudo do BMJ associa consumo frequente de batata frita a maior risco de diabetes tipo 2 — preparo importa.

Batata frita e risco de diabetes tipo 2. Em análise de quase 40 anos com mais de 205 mil profissionais de saúde, publicada no BMJ, comer batata frita 3x/semana associou-se a +20% de risco de diabetes tipo 2. Não houve o mesmo padrão para batatas cozidas, assadas ou amassadas, reforçando que o modo de preparo é determinante para a saúde metabólica.

O que o estudo mostrou

Foram identificados 22 mil casos de diabetes tipo 2 ao longo do acompanhamento. A substituição de batatas (especialmente fritas) por grãos integrais — como aveia ou arroz integral — associou-se a menor risco. Já trocá-las por arroz branco aumentou o risco, alinhado à evidência de que grãos integrais favorecem melhor controle glicêmico.

Por que o preparo muda tudo

  • Fritura: adiciona gordura e pode elevar carga calórica, piorar perfil lipídico e resposta glicêmica.
  • Assar/cozinhar: reduz adição de gordura; associado a menor pico glicêmico quando em porções adequadas.
  • Trocas inteligentes: priorizar integrais no prato melhora fibra, saciedade e sensibilidade à insulina.

Perguntas frequentes

Preciso cortar batata da dieta?
Não necessariamente. Prefira assadas, cozidas ou amassadas, em porções adequadas, e combine com proteína, fibras e saladas.
Quantas vezes por semana é “muito” para batata frita?
O estudo encontrou maior risco com 3x/semana. Consumos ocasionais e porções pequenas reduzem a exposição.
O que usar no lugar de batata frita?
Trocar por grãos integrais (aveia, arroz integral, quinoa) associou-se a menor risco de diabetes tipo 2.

Referências

  1. The BMJ — Potato intake and risk of type 2 diabetes: cohort analyses and substitutions

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD — Médico Geneticista (CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130).

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.