Sono ruim e envelhecimento cerebral — estudo com mais de 27 mil pessoas

Dormir mal pode envelhecer o cérebro e aumentar o risco de demência

IA + ressonância em EClinicalMedicine: pior qualidade de sono associou-se a ~1 ano de “idade cerebral” extra; cada ponto perdido ≈ +6 meses.

Dormir mal pode envelhecer o cérebro e aumentar o risco de demência. Em coorte com >27 mil pessoas, padrões de sono ruins foram ligados a cérebros que parecem até 1 ano mais velhos que a idade cronológica.

O que o estudo fez

  • Método: IA aplicada a MRI para estimar “idade biológica” do cérebro.
  • Fatores avaliados: duração, insônia, ronco, sonolência diurna e cronotipo.
  • Achado-chave: sono “ruim” → idade cerebral ↑; cada ponto a menos no índice de qualidade do sono ≈ +6 meses.
  • Mecanismos propostos: inflamação de baixo grau (≈10% do efeito), prejuízo do sistema de “limpeza” neural e impacto cardiovascular.

Como agir na prática (higiene do sono)

  • Regularidade: horários fixos para dormir e acordar (inclusive fins de semana).
  • Luz & tela: luz natural pela manhã; reduzir luz azul 2h antes de dormir.
  • Ambiente: quarto escuro, silencioso e fresco; cama = dormir/sexo.
  • Hábitos: cafeína até 6h antes; álcool/treinos intensos longe da noite; janta leve.
  • Sono e mente: anote tarefas; respiração 4-7-8; se levar >20 min para dormir, levante e retorne sonolento.
  • Procure avaliação se houver ronco alto, pausas respiratórias, sonolência incapacitante ou insônia persistente.

Referências

  1. EClinicalMedicine — Sleep quality and brain-age gap in >27,000 adults

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD — Médico Geneticista (CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130).

#Sono #Cérebro #Demência #SaúdeMental #Envelhecimento #Neurociência #Geneaxis #SaúdeDoCérebro #SonoDeQualidade #Prevenção #EstiloDeVida

Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.