IA e reconhecimento facial (Face2Gene/DeepGestalt) em dismorfologia clínica — Geneaxis

Reconhecimento facial por IA revoluciona diagnósticos genéticos em dismorfologia clínica

AJMG: em 17 casos (19 pacientes), a plataforma Face2Gene (DeepGestalt) mudou condutas em tempo real e sugeriu corretamente o diagnóstico sindrômico como 1ª hipótese em 100% dos casos (Gestalt alto em 14).

Reconhecimento facial por IA revoluciona diagnósticos genéticos em dismorfologia clínica. Em estudo publicado na American Journal of Medical Genetics, a análise facial por IA (Face2Gene/DeepGestalt) influenciou decisões clínicas em tempo real, encurtando a jornada diagnóstica, reduzindo custos e permitindo acesso mais rápido a terapias.

O que a IA agregou na prática

  • Triagem fenotípica precisa: lista priorizada de síndromes com base em similaridade facial → direciona o teste genético (p. ex., painel focado) ou amplia (exoma) quando necessário.
  • Impacto clínico real: suspeitas fortalecidas, diagnósticos antecipados (ex.: síndrome de Rubinstein–Taybi), identificação de dupla etiologia em epilepsia.
  • Usabilidade em cenários desafiadores: pacientes institucionalizados, adultos sem investigação prévia, e fenótipos incompletos (ex.: KBG antes da macrodontia).

Como usar de forma ética e eficaz

  • Ferramenta de apoio, não substituto do exame físico, história familiar e julgamento clínico.
  • Consentimento e privacidade: imagens faciais são dados sensíveis — garantir autorização e proteção adequada.
  • Integração ao fluxo: fotografia padronizada, hipótese(s) geradas pela IA, correlação clínico-genética e teste confirmatório.

Perguntas frequentes

A IA “fecha” o diagnóstico?
Não. A IA prioriza hipóteses. O diagnóstico é confirmado por teste genético e correlação clínico-fenotípica.
É útil em fenótipos sutis?
Sim. Ajuda a detectar assinaturas faciais discretas, inclusive em adultos ou antes de traços tardios (ex.: KBG).
Quais cuidados com privacidade?
Consentimento informado, minimização de dados, armazenamento seguro e uso restrito à assistência ou pesquisa aprovada.

Referências

  1. American Journal of Medical Genetics — Clinical impact of AI-driven facial analysis (Face2Gene/DeepGestalt) in dysmorphology

Conteúdo elaborado por: Dr. Caio Robledo Quaio, MD, MBA, PhD — Médico Geneticista (CRM-SP 129.169 / RQE nº 39130).

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Dr. Caio
Robledo Quaio

CRM-SP: 129.169
RQE: 39130

Médico (90a turma) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Genética Médica pelo Hospital das Clínicas da USP e Doutorado em Ciências pela USP. Possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Acreditação Internacional pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates, dos EUA, Observrship em Doenças Metabólicas pelo Boston Children’s Hospital e Harvard Medical School e foi Visiting Academic da University of Otago, da Nova Zelândia. É autor e coautor de dezenas de estudos científicos em genética, genômica, doenças raras, câncer hereditário, entre outros temas da genética. Atualmente, é Médico Geneticista do Laboratório Clínico do HIAE e do Projeto Genomas Raros, ambos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein, e Pesquisador Pós-Doutorando da Faculdade de Medicina da USP.

Dra. Helena
Strelow Thurow

CRBIO-01: 100852

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas, mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pelotas (2011). Realizou Pós Doutorado em Epidemiologia e Pós-Doutorado PNPD em Biotecnologia, ambos na Universidade Federal de Pelotas. Posteriormente, realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Foi Analista de Laboratório no setor de NGS do Hospital Israelita Albert Einstein e atualmente é Analista de Pesquisa na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Tem ampla experiência na área de Biologia Molecular e Biotecnologia.